segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Família ....

Hoje não tenho poesias, nem inspiração; melhor tenho inspiração, mas acho que escreveria algo tão chocante que prefiro apenas comentar.
Comentar sobre a família, sobre essa relação que nascemos com ela; ou não.
Sempre vemos na televisão, filmes e livros, a instituição familiar como sagrada e inabalável.
Assistimos que devemos amar a todos, e que todos nos amam, e que quando algo sai fora do padrão é porque existe algum distúrbio grave, se seu pai, sua mãe ou irmãos , não forem psicopatas ou sociopatas, você está a salvo, por mais brigas que existam, todos se amam, sem limites.
Claro que estou generalizando, claro que ouvimos relatos que diferem de tudo o que disse, mas no padrão é esse amor todo mesmo.
A minha visão de família hoje, se resume a uma palavra : decepção.

Minha mãe prefere passar o dia vendo filmes, do que ficar em minha companhia.
Minha irmã, é um caso complicado, nunca sei se ela está em um dia bom.
Meu pai não o vejo nunca, as vezes ele liga pra dizer oi.
E meu filho tem problemas de saúde que impedem que tenhamos uma relação normal.
E eu estou tendo uma crise de pânico e ansiedade, pelo menos duas vezes por semana.

E tem gente que reclama. Reclama que o pai não ajudou a pagar tal coisa,
Que a mãe resolveu fazer mocotó ao invés de lasanha no almoço de domingo.
Reclama que o filho fez manha quando foi com você no supermercado.

Eu não sei se amo os meus pais. Isso pra mim é uma dor pior do que a morte.
Eu e meus pais não temos intimidade.
Converso com eles os mesmos assuntos que converso com os meus clientes no banco.
Eles não sabem como eu penso, nem como eu me sinto.
Teve uma vez que eu estava muito triste, e estava chorando.
Fui na cozinha conversar com a minha mãe, fui abraça-la, ela me empurrou de volta e
comentou que eu só sabia chorar.
Naquele momento eu podia não ter o maior problema do mundo, mas eu queria um abraço.
Depois daquele dia ; nunca mais falei nada. Quando eu choro, choro escondida.
Aliás, não compartilho nada mais. Apenas comunico.

Eu sinto falta do meu pai brigando com a minha avó porque ela estava atrasando o almoço.
Sinto saudades de quando íamos a redenção comer pipoca e passear no brique.
De quando eu e minha mãe íamos na casa de cultura Mário Quintana nos divertir no Domingo.

A solidão acompanhada dentro de casa é a pior que existe.
Mas o que eu me pergunto todos os dias...

Onde foi que o amor se perdeu?

Kau =/

Um comentário:

Rafaela disse...

Cara Kau,fiquei muito sensibilizada com este texto, gostaria de lhe dizer as palavras certas, mas s[o vou dizer que o amor [e uma coisa que se inventa, que se cria {as vezes no deserto ele pode surgir. Doe o seu amor, porque n[os fomos feitos e criados para isso, lembre-se do seu criador que [e o pr[oprio amor encarnado. h[a quem n'ao saiba amar, mas voc"e sabe e pode fazer isso incondicionalmente!